Pessoa que você não gosta parece se mover mais lentamente

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

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Um estudo da Universidade do Sudeste da Califórnia (EUA) descobriu que fatores sociais influenciam nossa percepção de ações simples. Por exemplo, gostar ou não de alguém pode afetar a forma como seu cérebro processa as ações desse alguém. Na maioria das vezes, ver alguém se movimentando provoca um efeito “espelho” no cérebro, ou seja, nossas partes do cérebro responsáveis pelas habilidades motoras são ativadas ao vermos alguém andando. Porém, se você gosta ou não da pessoa que você está vendo se movimentar pode afetar a atividade cerebral relacionada a ações motoras e levar a um “processamento diferencial”. Por exemplo, pode causar o pensamento de que a pessoa que você não gosta está se movendo mais lentamente do que ela realmente está. O estudo Pesquisas anteriores haviam mostrado que a semelhança física ou de raça pode influenciar os processos cerebrais, e que as pessoas tendem a ter mais empatia com quem parece mais com elas. Para o novo estudo, então, os pesquisadores controlaram idade, raça e sexo dos participantes, introduzindo alguns especialmente para não serem gostados pelos outros. Por exemplo, todos os participantes recrutados para o estudo eram homens judeus. As pessoas que eles assistiram andar eram metade neonazistas, e metade pessoas simpáticas de mente aberta. Os pesquisadores concluíram que, quando as pessoas viam alguém de quem não gostavam se movimentando, a parte de seu cérebro que seria ativada em caso de “espelhamento” – o córtex pré-motor ventral direito – tinha um padrão de atividade diferente.
Esse efeito era específico para o movimento; não houve diferença na atividade cerebral na região motora do cérebro quando os participantes assistiram vídeos “parados” de pessoas que gostavam ou não gostavam. “Estes resultados indicam que um sentido abstrato de membros de grupo, e não apenas as diferenças na aparência física, pode afetar o processamento sensorial-motor básico”, disse uma das pesquisadoras do estudo, Lisa Aziz-Zadeh. “Mesmo algo tão básico como a forma como processamos estímulos visuais de um movimento é modulada por fatores sociais, tais como as nossas relações interpessoais e membros de um grupo social”, completou Mona Sobhani, principal autora da pesquisa. “Isso apoia a noção de que fatores sociais influenciam nosso processamento perceptivo”.[ScienceDaily]

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