“Quando comecei, há 15 anos, o risco de fazer um programa como este não era tão grande. Hoje, o risco é muito sério. Não sabemos mais com quem estamos lidando, não sabemos até onde vai o crime organizado, quem é bandido e quem não é. Mas os caras não me tiram dessa porcaria”, disse Datena sobre seu programa policial.
Datena afirma ainda que chegou a perder vários bens durante os processos que recebeu – pelas quebras de contrato com a Band e Record - e que não contou com o subsídio das emissoras durante as batalhas judiciais. Ele ficou conhecido por deixar os canais, migrando para outros, mesmo ainda tendo contrato, por discordar de algumas coisas.
“ Por quebrar contrato, desobedecer aquilo que estava escrito lá, eu tive que pagar uma multa que nunca ninguém pagou na televisão brasileira. As emissoras geralmente pagam para os caras, mas eu paguei do meu bolso. Eu perdi imóveis, carros e ainda estou pagando multa. Então, não tenho condições de chegar e falar: ‘Eu não quero fazer isso’, porque isso está condicionado ao meu contrato. Não posso me arriscar a perder mais, porque perdi quase tudo o que eu ganhei”.
O apresentador diz também que faz televisão para ele mesmo e que, em sua opinião, todos os programas policiais deveriam sair da televisão.
“Comecei fazendo humor e hoje estou fazendo terror. Os caras olham para mim e já vê crime, enchente... Virei um folclore e deixei de acessar a internet. Botei meu nome no Google e não dormi, fiquei p... com o que escrevi. Fiquei tão ofendido que caí fora. Não acho bom fazer [o Brasil Urgente] e não acho bom ter esse tipo de programa. Eu tiraria do ar”, soltou.
Felicidade e vida sexual
Ao ser questionado pelo humorista sobre o que provoca sua felicidade, o apresentador admitiu que adoraria tomar um “baita copo de cerveja”, mas que não poderia devido aos vários problemas de saúde. Segundo Datena, a “cachaça” certamente contribuiu para a saúde debilitada, mas os programas policiais foram os determinantes.
“A carga emocional foi determinante para que eu me ferrasse. Não dá para ter uma coisa legal na cabeça se o resto do corpo não funciona legal. Minha vida sexual funciona com aditivo. Se não tiver azulzinho... Veja, o sujeito tem diabetes, uma série de problemas, e você ainda queria que eu fosse o fodão? Se a Gisele Bundchen, com todo respeito a ela e à minha mulher, vier aqui, se não for com azulzinho, não vai...”.
Fonte: Ofuxico
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