Cérebro de quem joga videogame é diferente

segunda-feira, 15 de abril de 2013

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joga com pouca frequência. Um novo estudo realizado com adolescentes mostrou que a ativação do sentimento de recompensa no cérebro, que está envolvida com o vício, foi maior em jogadores frequentes.
Ainda sim, ainda não é possível afirmar que os jogos trazem diferenças ao cérebro, que podem tornar as pessoas mais susceptíveis a se viciar. Especialistas dizem que mais estudos são necessários para que os pais e adolescentes tirem suas conclusões. Afinal, jogos de computador têm sido associados a uma gama de efeitos positivos e negativos, desde vícios até melhoras no raciocínio.
Um grupo de pesquisadores investigou se os jogos poderiam mudar a estrutura cerebral. Eles classificaram 154 jovens de 14 anos pelo número de horas jogadas em uma semana. Os que jogam por mais de nove horas foram classificados como jogadores frequentes, e nenhum foi classificado como viciado.
Os cérebros dos jogadores regulares apresentaram maiores corpos estriados, a parte do cérebro responsável pelo sentimento de recompensa. De acordo com os pesquisadores, essa região é normalmente ativada quando as pessoas antecipam efeitos positivos ou sentimentos de prazer, como quando ganham dinheiro, boa comida ou no sexo. Essa região também tem sido relacionada com a dependência de drogas.
Uma importante pergunta que este estudo ainda não resolveu, entretanto, é se a diferença estrutural no cérebro é uma alteração causada pelos jogos frequentes, ou se essas são diferenças individuais nas pessoas que são naturalmente mais dispostas a jogar.
Em usuários de drogas, provavelmente é uma combinação dessas duas coisas – a longo prazo, o uso de drogas afeta o cérebro, assim como algumas pessoas são mais suscetíveis ao vício.
Os pesquisadores vão agora pedir que adultos que nunca usaram jogos de computador comecem a jogar para investigar se ele tem algum efeito sobre o cérebro. [BBC]

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